de patins

carrego o que acho que pode ser um indício de amor em mim por muito tempo. meses até. mesmo não sendo realmente amor. e como é que faz pra desgrudar um coração inteiro a marretadas e ainda sair sambando? eu estou tal qual uma fruta apanhada no pé, nas tuas mãos, inteira, e, depois da fala, na tua boca. eu não sei se tomo café ou suco de maracujá; se eu percorro, enlouquecida, 500 km capotando de patins ou sofrendo com o ar condicionado de um ônibus-monopólio. está no meu repertório o cansaço dessas coisas que acontecem sem acontecer, que ficam em cima do muro, que não explodem, nem roncam. mais uma vez me convenci de que não seria afetada e, dois segundos depois, mudei de ideia. e inventei uma raiva do que é efêmero, que você não tem ideia. mas eu gosto de inventar histórias. eu me perco nelas, como num vício. no meu sonho, meu vício é pegar na tua mão pra sempre. beijar as tuas mãos. logo agora, que eu encontrei quem realmente faça jus à descrição "jeito inusitado de estrela cadente e com cara de música do hermeto"... eu não entendo nada.

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