irreparável

perdi antes mesmo de ganhar. não era um objeto, não era um jogo. não era um beijo, mas sim quem estava por trás dele. e foi uma perda carregada de uma ilusão tão covarde, mas não de inércia. aliás, fui tomada por uma coragem inédita. mas a ele pareceu insuficiente. eu quis, por um instante intenso, que o entendimento para algumas atitudes dele (ou falta delas) jorrasse de alguma torneira. quis tanto. mas ninguém abriu a maldita torneira enferrujada. era trabalho demais e seria necessário usar ferramentes de não tão leve manuseio. existe um peso aí que nenhum de nós quis tirar do lugar. deixa como está. talvez nem valesse a pena. como saber?

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