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Não é saudade. A semelhança está na sensação de oco que esse sentimento embola em mim. Parece que é um sentir falta. De uma possibilidade. Talvez de uma história que não aconteceu; está na boca do coração e se renova sempre quando vou deitar pra dormir. Nela, eu procuro um herói, um amigo, um amante. Um instalador de sentimentos bons. Mãos dadas, sorvete, música, poncã, suspiros, viagens. É mais vontade que saudade. Porque a gente tem saudade do que a gente pode querer em replay. E a vontade é só o primeiro passo para tocar o disco. Mas é preciso ter coragem para suprir o oco. Porque as histórias imaginárias só servem para prolongar a vontade sem desfecho. Procuro uma história de verdade, com uma trilha sonora e tudo mais. Play. Lado A, lado B. Replay. Replay. Replay.

Comentários

  1. Eita nóis heim, Talita! Eu sinto isso aí também, essa coisa meio inominada, semelhante à saudade... E a coragem pra suprir o oco estou tentando forjar a pauladas, mas não é fácil.

    Mas me diga, e esse fetiche por poncãs... rsrsrs beijos...

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  2. hei, mário! poxa, taí algo de que gosto: identificação poética. (ela serve pra nos mostrar que compartilhamos algumas coisas com mais e mais malucos por aí...rs). e quanto às poncãs, sei lá se tem explicação. vc me deu uma ideia: ainda farei um texto somente sobre elas...hehe... bjão!

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  3. ah! e me disseram que, pra suprir o oco, se deve ser leve e sagaz. tb não sei como se faz isso...

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