De passagem

Eles nos observavam. Quietos, algo raro. A desfazedora de música, aquele quarteto, a first lady, o cara do trem A, o pai da Elza, o dentista e um albino (que veio embora comigo). Até o poeta sujo. E tantos outros, que espiavam empilhados, numa ordem analfabética, e testemunhavam a clareza das coisas. Ficaram curiosos sobre o desfecho. (Pausa para um band-aid no calcanhar, que não era resultado de um dois pra lá, dois pra cá, mas de excesso de caminho). E o café se repetiu (menos o seu). E depois foi que a música veio de fato. E depois da música, mais música. Está escrita agora na pele uma partitura na linha experimental.

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