resistência
ela tinha um suspiro guardado. mas não podia deixar escapar. andava com ares de quem explodiria a qualquer instante. e o suspiro lá, preso. era um saco. porque o olho brilhava quando ele aparecia. denunciava tudo. mas o suspiro ficava, ritualisticamente, preso. ele não era dela, e nem podia ser (considerando os "bons costumes", se é que se pode dizer assim). um saco... eram quase dois estranhos. quase. pois tinham afinidades poéticas sem fim. e ele... ele também tinha um suspiro impedido. mas deixou escapar. desconsiderou os bons costumes e revelou, num rastro de estrela cadente, seus desejos, um a um. ela sorriu. mas não havia poncã que a fizesse suspirar.
Ok. Daqui abaixo o difícil não é ler é parar de.
ResponderExcluirBjks
Este comentário, vindo de quem veio, me deixa "me achando"...rs... Valeu, Cecilita!
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