Eu abro uma porta
Eu não beijo, apenas; eu abro uma porta. Eu tenho muita
vontade de ser feliz por um período indeterminado e, pra isso, me poupo de ser
superficial - o que não é lá tão vantajoso quando o mundo todo só quer a
ebulição da bulinação. A modernidade é um estado de espírito (que me possui em
uma porcentagem bem menor do que eu talvez quisesse). Eu queria pra mim uma história de amor de filme bem
sucedida, com pedido de casamento (que seja pra continuar em casas separadas,
mas com um cachorro que nos ame igualmente), flores, ciuminho, briga feia e
reconciliação. Eu gosto de algumas comédias românticas e dramas lado B com a
mesma intensidade. Eu admiro igualmente belos musos clichês e apaixonantes estranhos
inteligentes. Mas não se tem muita escolha quando o estado
de espírito não ajuda; o coração quer uma coisa de cada vez e coisas sinceras e
duradouras. Coração, aliás, é uma palavra que não tem cabido na boca do mundo.
O meu coração cabe na nossa boca, essa porta...
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