(poesia do fundo do baú)
a poesia é isto
que você está vendo agora
sem casa
com fome
sem tempo
e SenHora
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o perigo de alguns bolos de fubá
é que se pode confundir bolor com erva-doce
é que se pode confundir bolor com erva-doce
de dia, todos os fatos são fardos
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São poucos os minutos intensos
São tensos alguns loucos minutos
Mas amor ainda há.
Mesmo que minutíssimo.
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é como se os pingos de chuva me bebessem
num copo com gelo, limão e nuvem
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fecho o olho e abro a mente
sutilmente
aprendo a respirar por dentro
purificar
plurificar
purifocar
sutilmente
aprendo a respirar por dentro
purificar
plurificar
purifocar
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logo eu
amante dos metonímios e metáforos
fui me apaixonar por um clichê
a vida é um semáforo
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prosa esta noite
não estava nos meus planos
hoje quem conversa
são nossas pernas
se enroscando nesses panos
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querendo
ser pássaro (ultrapassar a sensação de sonho)
querendo
ser sonho (ultrapassar o rastro do pássaro)
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O não dizer
Às vezes
Dói mais que o mal dito.
Maldita trava.
******** (revirando o baú das poesias no início os anos 2000)
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