tanta gente

lá vai ela atrás de um computador, com a roupa cheia de farelos de crepe, depois de perder todos os ônibus que poderiam levá-la a um lugar com gente civilizada, culta e inteligente, embora certamente não fosse conhecer quase ninguém no local. ninguém em casa e ninguém na rua é a mesma coisa.

lá vai ela fazendo hora na lan house, pra ver se por acaso ou destino esbarra naquele moço simpático com quem conversa às vezes e que tem esperanças não muito bem fundamentadas de que o encontraria naquele local de ninguém.

lá vai ela com cara de choro, ora achando tudo difícil e ora achando que é ela quem vê tudo difícil. se acha molenga mas vem outro dia e ela está de pé.

lá vai ela esperando cair do céu algo novo: talvez um carro talvez um amor.

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