Olhar pra frente

Algumas perdas, dependendo da forma como acontecem, e dependendo de como as relações foram cultivadas, e também tudo aquilo que deixa uma lacuna nas nossas histórias são coisas impactantes dentro da gente. E as mudanças (as que aconteceram e as que virão) acabam trazendo uma ansiedade que consome a maior parte da energia que a gente deveria usar pra poder seguir adiante.

Não é que todos os dias sejam ruins. Eles só são doloridos. Tem alguns que comprimem mais o peito, e tem outros que fluem com mais leveza. 

Mas, apesar de tudo, eu me vejo agora e até consigo olhar pra frente - o que antes parecia impossível. "O que vai ser da minha vida?" agora me aflige mais que "o que foi que aconteceu, meu Deus?!". E, apesar de alguns lapsos de pequenos desesperos que isso possa causar, é bom. Não que eu tenha alguma ideia exata do que fazer ou pra onde correr; apenas analiso possibilidades e divagações. Mas eu não desisti.

Não há muito o que fazer além de seguir em frente, tentando ser melhor no que for possível. Ainda  semeando a coragem de buscar caminhos. Tentando me adaptar às mudanças, tentando ver o que de bom pode vir com elas. Frágil, mas tentando me acreditar tão forte quanto as pessoas dizem que sou.



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